BOTAFUMEIRO CONVERTIDO EM “ESTRELA POP”
- Artur Filipe dos Santos
- 9 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

(Permitido a transcrição completa e parcial deste artigo com a seguinte cita Santos, Artur Filipe. Botafumeiro convertido em estrela pop. Porto, 9 de junho de 2018. Disponível em https://goo.gl/938yyc. Acedido a…)
A três de junho, aquando de uma das minhas muitas incursões por Santiago, acompanhando, como “guia” especialista um grupo da agência de turismo Tryvel, tive, mais uma vez, a oportunidade de assistir ao “voo” sempre especial do botafumeiro, o icónico incensário de 60 kg (mais 4kg de carvão e incenso), movido pela força de 8 tiraboleiros, que o fazem viajar por cima das nossas cabeças e de um lado ao outro dos “braços” do cruzeiro da catedral apostólica, da porta das Praterías (onde termina o Caminho Português) até à porta da Azebacheria (ou Francigina, assim chamada por nesta porta terminar o Caminho Francês), alcançando 68 km de velocidade máxima aquando do décimo sétimo movimento de 16 experientes braços.

Apesar dos avisos que antecedem a missa do peregrino, os que se referem a não autorização de dispositivos fotográficos ou de vídeos, certo é que, no exato momento em que o hino do Apóstolo começa a ecoar nas colunas do cenóbio compostelano e o botafumeiro se prepara para partir rumo aos tectos da catedral, um mar de telemóveis, tabletes, câmaras e tudo mais que tenha capacidade de registar, quem sabe, memórias de uma vida inteira, surge nas mãos da grande maioria das gentes (peregrinos, crentes ou público curioso) que enchem por completo bancos, colunas, escadas e até mesmo o chão do altar maior da Galiza.

O retrato parece saído de um concerto de uma qualquer estrela pop da atualidade, tal é a amálgama de ecrãs, luzes eflashes, esquecendo por momentos q.b. o tal aviso inicial da proibição de material altamente tecnológico com capacidade de guardar pedaços de tempo. Faz parte da experiência compostelana. Ultreia! #caminodesantiago #santiagodecompostela
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