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De Barcelos a Ponte de Lima: 35 km de património, natureza e… ovelhas

  • Foto do escritor: Artur Filipe dos Santos
    Artur Filipe dos Santos
  • 23 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura
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Permitido a transcrição completa e parcial deste artigo com a seguinte cita Santos, Artur Filipe. De Barcelos a Ponte de Lima: 35 km de Património, Natureza e Ovelhas. Porto, 23 de Abril de 2018. Disponível em https://goo.gl/bszir8 . Acedido a…)

A quarta etapa do Caminho Português Central (se começarmos a contar a partir do Porto) encerra belezas naturais e culturais que oferecem ao peregrino de Santiago algumas das melhores experiências no que ao caminho Jacobo diz respeito. Por entre altares improvisados em honra ao apóstolo, ribeiros e fontes, ou desde afagar ovelhas, dizer “bom dia” aos últimos pastores do Minho, desejar “buen camino” a dezenas de companheiros de jornada das mais variadas nacionalidades, sem esquecermos o rico património sacro quede vai manifestando por cada localidade calcorreada.

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Desde logo, começando bem, pois 35 km esperam até avistarmos a Ponte Romana sobre o rio Lima. Nada melhor do que começar na igreja do Bom Jesus da Cruz, na cidade do Galo, templo fundado em 1710, um dos expoentes da arte barroca do noroeste peninsular. Para os que demandam a tumba do Apóstolo Santo, a igreja do Bom Jesus da Cruz é icónica pois nesta se encontra uma imagem sempre venerada da Virxe Peregrina também conhecida como a Nosa Senhora do Refuxio a Divina Peregrina de Pontevedra.

Saindo de Barcelos com a lenda do galo na “algibeira” seguimos em direção a S. Fins do Tamel, onde a toponímia e os altares presentes nas fachadas de algumas casas nos recordam sempre para onde vamos caminhar. Nesta localidade, mais concretamente em Outeiro Seco, no concelho de Barcelos, encontramos a Capela de Nossa Senhora da Portela, templo dedicado à Nossa Senhora dos Prazeres, construída entre o séc. XVII E XVIII.

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Para os amantes do património do ferro destaco o portão da Quinta do Revorido, em Carapiços e em Aborim o Caminho serpenteia pela paisagem campestre.

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De seguida até Lijó até chegar à ponte das Tábuas, sobre o rio Neiva, travessia datada do séc. XVI, sucessora de uma ponte de madeira bem mais antiga. A partir entramos em Balugães, terra conhecida pela sua romaria em honra à Sra da Aparecida.

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Pelos prados habitam vacas, bois de cornos avantajado e muitas ovelhas, pastores que ainda não aderiram à moda da “pick up” com gps embutido.

Deste lugar por onde o Caminho penetra na sua paisagem mais profunda no que a esta etapa diz respeito, merecido destaque se oferece dar à igreja românica de S. Martinho de Balugães, templo que se pensa ser do séc. XII e que ao longo dos tempos foi conhecendo acrescentos que em nada macularam a sua natureza austera.

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É um salto desta descrição até um dos lugares onde a hospitalidade e amizade sempre rimaram: a Casa da Fernanda, mas também do Jacinto e Mariana, um dos albergues mais familiares em todo o Caminho Português (a par do albergue de S. Sebastião, em Rubiães), desta feita em Vitorino de Piães, já no concelho de Ponte de Lima.

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Bota decorativa em cima de uma mesa de boas-vindas, Casa da Fernanda

A partir daqui intensificam-se o número de cruzeiros, alminhas, placas toponímicas relacionadas com o Caminho e com os quilómetros que ainda falta para chegar a Ponte de Lima.

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E não tarda nada eis-nos chegados à avenida dos Plátanos e à vila fundada por D. Teresa, mãe de el rei S. Afonso Henriques, em 1125, data que poderá coincidir com a reconstrução da ponte romana, obra em alvenaria e que ainda hoje é uma das marcas do passado qu evoca a Galécia Romana m, o quanto de cultura une os povos do Norte português e da Galiza bem como os inícios da nacionalidade.

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Em Ponte de Lima espera-nos o descanso num mais recentes albergues públicos do Caminho Central, com o acrescento de ter relíquias do património cultural limiano, uma escultura estilizara de Santiago à saída da ponte, instalada em 2014, a igreja de Santo António da Torre, a capela do Anjo da Guarda também conhecida como padrão de S. Miguel, junto à margem.

E porque o património gastronómico também é uma experiência que faz parte do carisma jacobeu nada melhor que terminar o dia com um belo arroz de sarrabulho, por exemplo no restaurante Alameda, junto à ponte, no centro histórico da bonita vila. A serra da Labruja já se vê ao longe, Compostela cada vez mais perto.

Ultreia et suseia

 
 
 

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