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E no final só queremos alcançar o Monte do Gozo em Santiago de Compostela

  • Foto do escritor: Artur Filipe dos Santos
    Artur Filipe dos Santos
  • 17 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura
Estátua evocativa dos peregrinos que avistam finalmente a Catedral do Apóstolo Santo. Imagem Internet

Estátua evocativa dos peregrinos que avistam finalmente a Catedral do Apóstolo Santo. Imagem Internet

A última etapa do Caminho Francês para Santiago de Compostela, cujo traçado espanhol é Património da Humanidade desde 1993, liga O Pedrouzo a Santiago, passando obrigatoriamente por um dos locais mais emblemáticos de todo o caminho: O Monte do Gozo ou Monte S. Marcos que, para além de um albergue e de uma capela, tem desde o Xacobeo de 93 duas estátuas evocativas ao peregrinos que sentem o “gozo” de finalmente avistarem ao longe (como na foto que ilustra este post) as torres da catedral onde descansa o apóstolo.

E se formos realmente refletir, este é o verdadeiro ponto alto do longo, desafiante, fatigante e libertador roteiro, já que ao avistarmos Santiago ao longe, acompanhados pelas estátuas que medem cerca de 10 metros, somos invadidos por dois sentimentos: o de nos termos superado, física, mental e espiritualmente. Mas é também o fim de uma aventura que na pior das hipóteses nos tomou um mês inteiro, mas que agora, ao nos acercarmos do Pórtico da Glória, do túmulo do Padroeiro da Espanha, nos deparamos com a obrigatoriedade do regresso ao mundo real, abandonando os amigos que fizemos ao longo do caminho, a magia das paisagens, a fadiga do corpo e a persistência dos calos, para assim voltar a uma vida que muitos de nós não desejaria viver novamente, embriagados que ficaram com o misticismo quase monástico com que nos devotamos ao deitar os pés ao caminho.

Fartos dos tempos modernos, das tecnologias, das gentes que invejam a nossa sede da transcendência, embarcamos no caminho para escapar à realidade que acaba de ultrapassar, assim que avistamos as torres da Catedral de Santiago.

É altura de pousar o bordão, pendurar a vieira num local que nos ajuda a recordar para sempre a a aventura espiritual e multi-cultural, guardar as botas, desejando avidamente uma próxima aventura que nos enalteça novamente rumo à aventura.

 
 
 

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