Lançamento do Livro de Artur Filipe dos Santos é um elogio ao Caminho Português de Santiago
- Artur Filipe dos Santos
- 29 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

O salão nobre da Universidade Sénior Contemporânea do Porto foi pequeno para receber todos os que se quiseram unir ao prof. Artur Filipe dos Santos na apresentação do seu novo livro "Bom Caminho, Património Cultural e Paisagístico dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela: O Caminho Central", obra publicada pela editora Alma Letra.
Perante uma plateia composta por peregrinos, entusiastas do património cultural, amantes das viagens, estudantes (muitos destes alunos do docente em Comunicação e Património), a primeira apresentação presencial da obra (antecedida por três apresentações virtuais, duas dedicadas ao público português e uma terceira à comunidade de peregrinos ibero-americanos espalhados pelo mundo) foi uma comemoração das relações culturais que unem Portugal e a Galiza, tendo o Caminho de Santiago (Português Central) como pano de fundo.

A iniciativa arrancou com momentos musicais a cargo do Coro da Universidade Sénior Contemporânea, que ao som da gaita-de-fole e das vozes afinadas, buscaram um encontro de culturas do noroeste peninsular, com duas peças minhotas, reconhecidas do lado de cá e de lá da fronteira.
Depois das boas-vindas proferidas pela responsável da editora Alma Letra, Sandra Barradas, coube ao apresentador convidado pela apresentação desta publicação, Mário Aguiar, peregrino e técnico superior em Turismo e Património da Câmara Municipal da Maia (e arredores, como frisou o apresentador) desvendar as páginas desta nova publicação jacobeia, assinalando parágrafos e frases que, nas suas palavras “resumem o principal espirito do que é ser peregrino”, para além de apontar curiosidades que o livro “esconde” ao nível da história, das lendas mas também da gastronomia que se pode descobrir ao longo da rota peregrina de Lisboa até Santiago de Compostela.

Antes de abrir o diálogo com o autor, Mário Aguiar elencou os atributos que fazem desta obra um livro essencial no que respeita à divulgação do património cultural, natural mas também imaterial do Caminho Português Central, sem esquecer a riqueza literária que Artur Filipe dos Santos impôs em cada página “desafiando muitas vezes os leitores a consultar o dicionário, tal a exigência dos vocábulos que o professor utiliza”, acrescentando que “estamos perante um convite a descobrir a língua portuguesa para além do léxico comum que utilizamos no nosso dia-a-dia”.
Antes da tradicional sessão de autógrafos, apresentador e autor “degladiaram-se” com uma série animada de perguntas, sublinhando o caráter humano da obra, com Artur Filipe dos Santos a confessar que “este livro é para mim uma espécie de relicário. Se na Catedral de Santiago de Compostela encontram-se as relíquias do Apóstolo, esta obra é um livro-relicário, pois em cada exemplar vai um pouco de mim para todos vós”.
A sessão atingiu o seu epílogo com o professor e “orgulhoso gaiteiro” a interpretar duas peças do repertório galego, fechando com a típica sessão de autógrafos.

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