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Bruxas e meigas, trasgos e diaños no Caminho de Santiago: o Samhain como manifestação do património imaterial Galego-Português

  • Foto do escritor: Artur Filipe dos Santos
    Artur Filipe dos Santos
  • 31 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Encantam-me as festividades do novo ano celta do norte de Portugal e da Galiza à minha saudosa Escócia), nào só pelas minhas raízes encrostadas no frio norte mas pelo misticismo representado na relação divina que os celtas mantinham com a natureza, com o ponto alto desta relação representado nas festividades do Samahain:O Samhain é um dos festivais mais antigos do noroeste peninsular, que une a cultura galega e portuguesa desde os tempos em que nenhuma fronteira se riscava no mapa e que ainda hoje se encontra esbatida pelas tradições que unem Porto a Compostela, Valença a Tui, Braga a Lugo, Chaves a Verín.O passado celta está bem vincado nos dois lados da raia e atualmente é motivo de estudo antropólogico, bem como de promoção turística positiva, exemplos de manifestações culturais ligadas aos festivais das estações do ano e do entrudo, destacando-se o trabalho extraordinário de personalidades como o Padre Fontes (o “Cura” de Vilar de Perdizes), Elias Valiña (o “Cura” do Cebreiro) e as gentes de Podence e Lazarim. Hoje são património que busca a sua classificação como bem imaterial da Humanidade.E neste dia 31 de Outubro acendem-se as fogueiras, bebem-se queimadas, rezam-se conjuros.É o Samhain, a nossa versão autêntica do “antepassado” antropólogico do atual Halloween. Por estes dias e até ao dia de S. Martinho, o calendário celta celebra o ano novo rumo ao inverno, com rezas e mezinhas para pedir um tempo frio curto e manso. Festeja-se o fim das colheitas, prova-se o vinho novo (desde que os romanos introduziram o cultivo da vinha na Península), comem-se frutos secos como a castanha.Mas algumas das tradições que ainda hoje conhecemos são as que dizem respeito às superstições, proferindo-se à volta de aguardentes queimadas e de lareiras poderosas conjuros para afastar as meigas, bruxas más do mau olhado e dos meigallos, feitiços que fariam mirrar o próximo ano agrícola. E as bruxas, essas as boas, as que ajudavam a derrotar as meigas e os trasgos e dianos, duendes e demónios maléficos que nos invadiam os sonhos. Ainda hoje as bruxas (ou bruxias) da boa sorte são um dos símbolos da Galiza.

Um pouco por todo o Caminho Português, assim com outros que acorrem a Compostela , encontramos as marcas da cultura que nos puxa para os tempos em que Homem Natureza praticavam a simbiose perfeita na arte de receber e ficar agradecido.

 
 
 

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