O Mosteiro de Santa Maria de Bouro no Caminho de Santiago
- Artur Filipe dos Santos
- 24 de mar. de 2016
- 3 min de leitura
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Mosteiro de Santa Maria de Bouro. Fotos de Artur Filipe dos Santos
Permitido a transcrição completa e parcial deste artigo con a seguinte cita Santos, Artur Filipe. “O Mosteiro de Santa Maria de Bouro no Caminho de Santiago”. Porto, 24 de Março de 2016. Disponivel em https://goo.gl/1p63tl. Acedido a…)
O Mosteiro de Santa Maria de Bouro é um dos espaços monacais mais antigos de Portugal, tendo pertencido aos Eremitas (de S. Miguel) e aos Beneditinos de Cister, abandonado em 1834 aquando da extinção das ordens religiosas, convertido em Pousada de Portugal em 1997.É um dos espaços referidos pelo Professor Doutor José Miguel Cernadas, da Universidade de Santiago de Compostela, no seu trabalho científico “La Acogida en los Monasterios del Camino de Santiago”, apresentado no IV Congresso Internacional Cister em Portugal e na Galiza “Os Caminhos de Santiago e a Vida Monástica Cisterciense”, em 2005.Ao longo dos séculos há relatos de peregrinos a rumarem a Santiago adentrando pelo Gerês, utilizando a geira, a antiga via romana que ligava Astorga a Braga, e que hoje ainda é conhecida como o Caminho da Geira, um itinerário secundário do Caminho Português que partia de Amarante em direção a Guimarães e que entronca com o Caminho de Celanova e o do Norte (também estes itinerários secundários mas devidamente referenciados ao longo dos tempos) em Braga. Daí até Terras de Bouro pelo Caminho de Celanova até à Portela do Homem ou seguindo pelo Caminho do Norte encontrando o Caminho Central em Ponte de Lima. Qual destes caminhos o mais espiritual ou contemplativo em termos paisagísticos?!Existem relatos documentados de peregrinos a acorrerem à tumba do Apóstolo Santo em passagem ou mesmo iniciando a sua jornada às portas do Mosteiro de Santa Maria de Bouro (cujo espaço e terrenos foram doados por D. Afonso Henriques aos monges de Cister em 1148 ) ou a partir do Santuário da Nossa Senhora da Abadia (que falarei em breve) em direção ao Monte de S. Bento e daí para Norte.Passando por momentos diferentes ao longo da sua história, seja de pujança, com restauros ou acrescentos, como por exemplo no séc. XVI aquando da criação, no final do século, da Congregação Autónoma Portuguesa e que durante o século seguinte foi responsável por obras de remodelação e de ampliação nas também de acresentos de natureza artística como a colocação, na fachada da igreja, das estátuas de S. Bernardo de Claraval, da Virgem (ao centro) e de S. Bento.Mas também conheceu momentos de ruína, como é o caso da realidade vivida ao longo de quase todo o séc. XX, apesar de estar classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1958 e que terminou em 1986 quando a Câmara Municipal de Amares adquire o imóvel, com Eduardo Souto Moura a apreentar em 1989 um projeto de requalificação e adaptação dos espaços conventuais para pousada, com as obras a iniciarem em 1994.O espaço hoteleiro, inauguardo em 1997, é uma das unidades mais importantes do conjunto das Pousadas de Portugal, geridas atualmente pelo grupo Pestana.Um espaço digno a ser visitado, quiçá até para descansar os pés na jornada rumo a Compostela.Uma curiosidade: se quiserem ver a igreja do antigo mosteiro, procurem o sacristão no café Moçambique 😊.
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